domingo, 9 de outubro de 2016

Academia de Ciências da California



O devastador terremoto de 1989 ocorrido em São Francisco danificou severamente o antigo edifício da Academia de Ciências da Califórnia, no Golden Gate Park, então com 158 anos de uso, o que deu oportunidade à organização de recomeçar. Dez anos foram necessários para criar um super-eficiente novo edifício que inclui um aquário, um planetário e um museu de história natural, além de um centro de pesquisas de classe internacional. 



Em 2008 foi inaugurado o novo prédio, um marco da Arquitetura Sustentável, certificado LEED Platinum.


A Academia de Ciências é o maior edifício público do mundo certificado LEED Platinum e também o primeiro museu do planeta a alcançar este nível da certificação. Em 2011, o edifício passou a ser também o único edifício duplamente certificado LEED Platinum dos EUA e o maior do mundo.





Foto: Raquel Palhares. 

Tirada do alto do mirante e torre de observação do De Young Museum. 






Fotos: Raquel Palhares 




A primeira certificação foi conquistada com base no excepcional projeto do edifício e sua construção, LEED NC (New Construction). A segunda certificação LEED Platinum foi obtida segundo o LEED EB-OM, para operação e manutenção, categoria que reconhece incríveis estratégias adotadas para garantir que cada aspecto da operação diária do museu se mantenha o mais eficiente possível.


Nesta nova certificação, obtida já no formato da versão 3 do LEED, lançada em 2009, dos 80 pontos possíveis, a Academia recebeu inéditos 82 pontos por ter alcançado marcas máximas em vários créditos relacionados a Espaços Sustentáveis, Eficiência no uso da Água, Energia e Atmosfera, Materiais e Recursos, Qualidade ambiental Interna e Inovações no Design.


Por estes e outros aspectos, é considerado uma “obra prima da Arquitetura sustentável”, projetada pelo escritório do arquiteto italiano Renzo Piano, tendo com consultoria, dentre outros, a ARUP. 


Cada aspecto do edifício reverencia os recursos naturais: do vidro de piso teto na fachada que ilumina até 90% do interior naturalmente ao isolamento térmico de algodão feito de jeans reciclado. O projeto conserva duas grandes paredes da construção original de 1934 e abriga um planetário, uma floresta tropical e um aquário além de diversos espaços de exposição. O planetário e a grande bolha que contém a floresta tropical compõem as duas grades esferas que dão forma ao peculiar telhado verde, que por sua vez dialoga com a paisagem ao redor.






Na cobertura, a vegetação nativa não requer cuidados especiais ou irrigação frequente. O local não é completamente aberto à visitação justamente para permitir a atração de aves e outras espécies locais. Apenas um pequeno terraço é acessível ao público, de onde se pode ter uma visão bem clara da arquitetura da cobertura.


A Arqtours já visitou a Academia de Ciências em três oportunidades diferentes, conduzindo Missões Técnicas em 2011, 2012 e 2016.

Confira o video no link:
https://www.facebook.com/raquel.palhares.73/videos/1483627338319448/?l=7231422204857964877




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