Este blog é dedicado a todos os lugares. À beleza de cada lugar. Dedico aos turistas e apaixonados por viajar, amantes de cultura, artes, urbanismo e arquitetura e a todos aqueles que sabem extrair de suas viagens as melhores experiências, que agregam valor a si próprios com isso, renovando-se e tornando-se cada vez pessoas melhores! Sejam bem vindos! Espero que gostem!
segunda-feira, 30 de novembro de 2009
Quem converte não se diverte!
1 taça de vinho nas mesinhas externas no restaurante do Museu do Louvre: 18,00 Euros
3 peças de sushi e 1 drink no restaurante japonês do Burj Al Arab: 35 -40 dólares
1 Capuccino na Galeria Vittorio Emanuelle em Milão: 8 Euros
1 Stella ou Corona em qqr balada básica em NY: 6,50 dólares
sexta-feira, 27 de novembro de 2009
Rally no deserto
Isto é o que definitivamente não trouxemos como bagagem depois deste “rally” que fizemos pelas areias de Dubai.
Dunas que pareciam alcançar mais de 30 metros de altura, e nós a bordo de carros esportivos, 4X4, já entramos empolgadíssimos (turistas...) pedindo ao motorista (Abra era seu nome) o passeio “com emoção”, pensando que estávamos diante de algo semelhante aos passeios de bugre de Natal. Cinco minutos depois de pura e profunda emoção no estômago, já começamos a pedir para que o Abra “maneirasse” um pouquinho mais...
Kilômetros e mais kilômetros de areia, muita, muita areia, tantas dunas e tantos tons de bege, marrom e terracota que aquela idéia inicial de monocromia (ou monotonia) que tinha do deserto evaporou naquele calorão rapidamente. São muitos tons, as sombras, alturas, volumes, com o por do sol colorindo o céu e fazendo brilhar cada grão de areia.
Para quem nunca tinha estado em um deserto antes, foi um espetáculo!
É interessante a maneira como os automóveis que fazem o passeio tem hora determinada para sair, saem em comboio, comunicam-se e seguem uma rota e direção determinada para evitar choques ou surpresas e principalmente fazer valer o espírito de cooperação e de equipe que há entre eles. Todos juntos, ajudando-se mutuamente, nunca deixam ninguém para trás, sempre sinalizando uns aos outros, sempre atentos. Muito profissionais. N aquele trecho de deserto, criaram esta mão única para o passeio. Pelo inusitado, pela incerteza e principalmente pela paisagem, foi uma experiência e tanto! E haja estômago!
Ao final do passeio, chega-se a um verdadeiro oásis montado para nós turistas, com direito a show de dança do ventre, degustação de narguilé, passeio de camelo, tatuagem de henna e o principal: um banquete de comidas típicas servido ao ar livre, comemos sentados no chão, sobre muitas almofadas e tapetes.
Passeio de grande apelo turístico, é claro, mas como não ser turista em Dubai?!?
Na volta, Abra foi um pouquinho mais generoso conosco nas manobras e conseguimos manter o delicioso jantar que degustamos no devido lugar...
quarta-feira, 25 de novembro de 2009
Vista de cima da Grande Arche
Esta foto foi tirada por mim em 2003 de cima da Grande Arche (em francês fala-se no feminino mesmo)
Esta foto foi tirada 6 anos depois, pelo colega Nido Costa, participante e membro da delegação da Missão Paris Batimat 2009 por mim organizada este ano, de cima da Grande Arche:
La Défense e o eixo histórico
A localização de La Défense é estratégica e foi cuidadosamente definida. No extremo oeste da cidade, além do anel periférico, o quartier de negócios fica sobre o mesmo eixo histórico de Paris que liga o Louvre ao Arco do Triunfo. Um grande projeto inaugurado em 1989 coroou, ou melhor, enquadrou esta ligação com a Paris histórica: La Grande Arche de La Défense.
O imenso cubo vazio revestido de mármore de carrara, fecha simbolicamente a perspectiva e deixa a vista passar. É a Champs Elysées chegando com muita propriedade à periferia, também a Champs Elysées rumando para o futuro, indo além, ultrapassando seus próprios limites e os limites da cidade.
Do alto de sua escadaria, tem-se uma vista impressionante do eixo histórico e nos rendemos conta, mais uma vez, do quanto Paris é fotogênica.
Tour First – La Défense - Paris

O ganho principal está relacionado ao criterioso estudo de insolação que foi feito nas fachadas e permitiu que soluções diferentes e diferentes tipos de fachada (vidros duplos, ventilados ou não ou vidros simples) fossem adotados de acordo com a radiação que cada um recebe no ano e com o sombreamento provocado pelos edifícios vizinhos. O ar condicionado também foi dimensionado e planejado prevendo-se as variações de demanda por toda a área do edifício.
Todos estes conceitos adotados em projeto e uma completa explicação sobre a obra nos foram dadas em visita ao escritório SRA, onde fomos recebidos pelo Sr. Jean Rouit, parceiro local do escritório inglês Kohn Pedersen Fox Associates, responsável pelo projeto.Um dos momentos altos desta Missão foi a subida na torre, de onde se têm uma incrível vista de Paris que ficará guardada em nossas memórias e nas muitas fotos que tiramos.
E por fim, frase/pensamento de Paul Valéry que estava na entrada da obra desta torre, muito providencial:
segunda-feira, 16 de novembro de 2009
Flanando pelo Canal Saint Martin
Ali também há alguns bares da moda, como Favela Chic e a brasserie Chez Prune, que serve ótimos frutos do mar.
Dubai - Uma cidade de contrastes
Maravilhoso. Seria para qualquer um. Não precisa ser arquiteto ou engenheiro para se maravilhar com as grandes obras, grandes aterros, torres subindo por toda parte, canteiros e guindastes em profusão, uma imagem verdadeiramente de oásis da engenharia no meio do deserto. Empreendimentos que enchem os olhos, ilhas artificiais, alguns acabados, outros em obra, que apesar de todas as críticas contrárias e do todo o impacto ambiental que provocam (afinal, ali não há preocupação real com o meio ambiente... ainda), estão com certeza atingindo seu objetivo e chamando a atenção de todo o mundo.
É claro que algumas das obras mais megalomaníacas, como o Hydrópolis e o próprio The World encontram-se em ritmo desacelerado, mas nenhum dos inúmeras devaneios arquitetônicos de Dubai foi cancelado. Nem suspenso.
Com mão de obra muito barata (os imigrantes de países pobres da Ásia, trabalhadores da construção civil, estão ganhando em média 300 dólares por mês) e farta, não há crise que impeça a movimentação dos guindastes e das areias por toda parte.
Nem a Berlim pós reunificação alemã, nem Pequim ou Barcelona pré-olímpica presenciaram tamanha explosão construtiva, tamanho impacto na vida e na economia de uma cidade ou de um país.
Dubai, esta metrópole no deserto, imbuída de uma ambição gigantesca, propõe-se a ser um destino turístico luxuosíssimo e cativar os mais exigentes viajantes da alta classe com seus resorts e mega shoppings e tornar-se a capital de negócios do oriente, com seu distrito financeiro que já abriga a mais alta torre construída no mundo até hoje, o Burj Dubai (em fase de conclusão), e empreendimentos imobiliários de torres de apartamentos e condomínios residenciais dignos de xeiques para abrigar os novos moradores, homens de negócios, em sua maioria ocidentais.
Abu Dhabi, por sua vez, não mede esforços nem recursos para trazer para si o título de capital cultural do oriente, e ali já se observam as obras das futuras filiais do Museu do Louvre e do Guggheinheim, em uma ilha destinada aos museus, chamada Saadiyat Island ou Distrito Cultural de Saadiyat, além de uma filial da Sorbonne de Paris e de outras universidades do mundo ocidental tão bem afamadas quanto. Estivemos lá em dia de Grande Prêmio de Fórmula 1, inclusive. Um privilégio.
Agora, tudo isso é muito novo, muito recente. A história de Dubai cabe em um museu de, acredito eu, pouco mais de 120 metros quadrados, o qual visitamos em 20 minutos.
Impressionante mesmo são os contrastes: a população local nativa (apenas 10% no caso de Dubai), convive com uma infinidade de imigrantes e ocidentais que muitas vezes desconhecem os hábitos e costumes muçulmanos. Restaurantes e pequenos comércios, antigos mercados a céu aberto convivem com colossais e luxuosos shoppings e boutiques das griffes mais famosas e caras do mundo.
A bebida alcoólica, proibida nos restaurantes e bares locais, é largamente consumida em clubes privados e hotéis internacionais. Os mezzes. kebabs, homus e tabules, servidos bem ao lado dos letreiros do Mc Donalds...
As dunas de areia, na imensidão do deserto ali logo ao lado, observam os novos arranha-céus que pontuam a cidade, além, é claro, de um contraste que salta aos olhos: carros que são verdadeiras super máquinas, mega potentes, convivendo lado a lado com os camelos...
Assim é Dubai.
Uma cidade de contrastes maravilhosos, que vale a pena conferir. Uma cidade de muitos “layers”, onde tudo é possível.
Estarei lá novamente, agora em novemrbo, em uma Missão Técnica elaborada a partir desta primeira visita, recheada de muitas experiências extravagantes e exclusivas e visitas técnicas aos principais empreendimentos em andamento na cidade, além, é claro, de visita à feira Big 5 Exhibition, maior evento de construção do oriente.
Para participar desta próxima Missão, entre em contato conosco por email:
Mais informações sobre o pacote Dubai 2010 em: http://arqtours-arquiteturaeturismo.blogspot.com/2010/08/pacote-dubai.html
sexta-feira, 13 de novembro de 2009
Paris, je t'aime
Sempre fui fascinada por Paris.
Não é uma cidade alucinante e vibrante como NY, Tóquio ou Berlim, com seus luminosos e seus relógios a girar aceleradamente.
Paris é diferente. Em Paris, ao contrário, o tempo pára. Ela é singular, única.
Um museu a céu aberto, repleto de história, arte e cultura. Nem uma vida inteira seria suficiente para suprir a minha “vontade”de Paris.
Paris é uma cidade que nos convida à contemplação, à degustação (Bien sure!), a praticar a “joie de vivre”. Seus parques, suas praças perfeitas, seus caminhos, as grandes perspectivas, as pessoas, e as vistas do alto... Paris vista do alto revela-se quase mais bonita ainda! Tudo ali para se admirar. Eu fico deslumbrada. Sempre. Não importa quantas vezes já tenha ido.
Paris é como uma grande dama muito, mas muito sofisticada, delicada e cheia de mistérios. Uma dama que se dedica ao toilette completo antes de se apresentar em público, sem nenhum fiozinho de cabelo fora do lugar sequer. Paris é perfeita, mesmo em suas imperfeições. Sabe aquela linda mulher em quem até uma imperfeiçãozinha no queixo, nos lábios ou um pouquinho de estrabismo caem bem? Pois para mim, Paris é linda até quando se mostra imperfeita.
Não há nada mais prazeroso do que flanar em Paris. Sem destino, sem pressa.
Flanêrie... Só os franceses mesmo pra inventar um substantivo para definir o “andar sem rumo”...
Mesmo com toda a oferta de atrações turísticas, espetáculos, museus, o melhor mesmo é simplesmente flanar. Sem hora e sem destino. Deixar a cidade penetrar por todos os seus poros. Se perder em Paris é se encontrar.
Paris me emociona. Paris me encanta. Ir a Paris é como reencontrar uma velha amiga, sempre cheia de histórias pra contar, com quem a gente não vê o tempo passar.
Paris é inesgotável. Já fui e voltei várias e várias vezes, e a cada viagem, tentei decupar a cidade palmo a palmo, e há muito constatei que todo o tempo ou o sempre será insuficiente. Paris sempre revelará uma nova face, será uma novidade, mesmo com seus muitos e muitos séculos de existência, a cada viagem redescubro a cidade. E a mim mesma. É uma cidade que se renova, acima de tudo.
Como estudiosa do desenvolvimento urbano de diversas cidades européias, Paris ainda é para mim uma inesgotável fonte de pesquisa. Minha preferida. As perspectivas criadas pelas aberturas dos grandes Boulevares, o eixo monumental que exibe séculos e séculos de história ao longo de sua trajetória, passando pelo Louvre, Place de La Concorde, Tuilleries, Champs Elisees, Arc Du Triumph, Grande Armée, culminando na Grand Arché de La Défense tão contemporânea, dariam todo um tratado de história do urbanismo. As perspectivas mais inusitadas que culminam em seus pontos de fuga com monumentos como o Panthéon, Invalides, ou ainda as pontes e o Sena. As pontes de Paris com certeza dariam um outro tratado.
E tem também esta mistura entre o novo e o antigo, que, diga-se de passagem, também dá todo um “charme” – só pra usar um galicismo – à cidade e proporciona contrastes incríveis.
Paris é fotogênica. Impossível voltar de lá com fotos ruins. Também é impossível voltar sem boas memórias “gustativas”. Comer mal em Paris é praticamente impossível. Em qualquer brasserie ou bistrô, qualquer “Formule” ou “Plat Du Jour” é tratado como alta gastronomia até na apresentação do prato, sempre bem caprichada, com aquele toque francês...
Enfim, Paris é Paris. Incomparável e inesquecível. Revisitá-la será sempre uma grande alegria e uma grande renovação.
A bientôt, Paris!