sexta-feira, 13 de novembro de 2009

Paris, je t'aime

Declarando meu amor a Paris

Sempre fui fascinada por Paris.
Não é uma cidade alucinante e vibrante como NY, Tóquio ou Berlim, com seus luminosos e seus relógios a girar aceleradamente.
Paris é diferente. Em Paris, ao contrário, o tempo pára. Ela é singular, única.
Um museu a céu aberto, repleto de história, arte e cultura. Nem uma vida inteira seria suficiente para suprir a minha “vontade”de Paris.
Paris é uma cidade que nos convida à contemplação, à degustação (Bien sure!), a praticar a “joie de vivre”. Seus parques, suas praças perfeitas, seus caminhos, as grandes perspectivas, as pessoas, e as vistas do alto... Paris vista do alto revela-se quase mais bonita ainda! Tudo ali para se admirar. Eu fico deslumbrada. Sempre. Não importa quantas vezes já tenha ido.
Paris é como uma grande dama muito, mas muito sofisticada, delicada e cheia de mistérios. Uma dama que se dedica ao toilette completo antes de se apresentar em público, sem nenhum fiozinho de cabelo fora do lugar sequer. Paris é perfeita, mesmo em suas imperfeições. Sabe aquela linda mulher em quem até uma imperfeiçãozinha no queixo, nos lábios ou um pouquinho de estrabismo caem bem? Pois para mim, Paris é linda até quando se mostra imperfeita.
Não há nada mais prazeroso do que flanar em Paris. Sem destino, sem pressa.
Flanêrie... Só os franceses mesmo pra inventar um substantivo para definir o “andar sem rumo”...
Mesmo com toda a oferta de atrações turísticas, espetáculos, museus, o melhor mesmo é simplesmente flanar. Sem hora e sem destino. Deixar a cidade penetrar por todos os seus poros. Se perder em Paris é se encontrar.
Paris me emociona. Paris me encanta. Ir a Paris é como reencontrar uma velha amiga, sempre cheia de histórias pra contar, com quem a gente não vê o tempo passar.
Paris é inesgotável. Já fui e voltei várias e várias vezes, e a cada viagem, tentei decupar a cidade palmo a palmo, e há muito constatei que todo o tempo ou o sempre será insuficiente. Paris sempre revelará uma nova face, será uma novidade, mesmo com seus muitos e muitos séculos de existência, a cada viagem redescubro a cidade. E a mim mesma. É uma cidade que se renova, acima de tudo.
Como estudiosa do desenvolvimento urbano de diversas cidades européias, Paris ainda é para mim uma inesgotável fonte de pesquisa. Minha preferida. As perspectivas criadas pelas aberturas dos grandes Boulevares, o eixo monumental que exibe séculos e séculos de história ao longo de sua trajetória, passando pelo Louvre, Place de La Concorde, Tuilleries, Champs Elisees, Arc Du Triumph, Grande Armée, culminando na Grand Arché de La Défense tão contemporânea, dariam todo um tratado de história do urbanismo. As perspectivas mais inusitadas que culminam em seus pontos de fuga com monumentos como o Panthéon, Invalides, ou ainda as pontes e o Sena. As pontes de Paris com certeza dariam um outro tratado.
E tem também esta mistura entre o novo e o antigo, que, diga-se de passagem, também dá todo um “charme” – só pra usar um galicismo – à cidade e proporciona contrastes incríveis.
Paris é fotogênica. Impossível voltar de lá com fotos ruins. Também é impossível voltar sem boas memórias “gustativas”. Comer mal em Paris é praticamente impossível. Em qualquer brasserie ou bistrô, qualquer “Formule” ou “Plat Du Jour” é tratado como alta gastronomia até na apresentação do prato, sempre bem caprichada, com aquele toque francês...
Enfim, Paris é Paris. Incomparável e inesquecível. Revisitá-la será sempre uma grande alegria e uma grande renovação.
A bientôt, Paris!

Um comentário:

  1. Paris, com você, meu amor, é ainda mais linda!
    Foi mesmo uma viagem especial.
    Parabéns!
    Beijos.

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