quarta-feira, 28 de abril de 2010

Amsterdam para todos

Dizem que quem vai a Amsterdam e se lembra de tudo em detalhes não viveu intensamente a cidade...bom, isso é o que dizem...

A cidade de Amsterdam tem certas particularidades que só existem ali na Holanda. Também dizem que quem conhece Amsterdam não conhece a Holanda. Que para conhecer a Holanda é preciso ir a cidades como Roterdam, por exemplo, para ver a verdadeira Holanda, e que aquilo ali, Amsterdam, é surreal, que não é assim em toda parte.

Eu não conheço Roterdam, mas acho Amsterdam encantadora. Uma cidade com particularidades onde teorias são aplicadas na prática e com êxito, pelo menos aos olhos de quem está ali de passagem, como turista.

Uma sociedade onde é permitida a eutanásia, onde as drogas leves podem ser consumidas e comerciaizadas onde o casamento homossexual e a prostituição são legalizados. Um lugar onde tudo isso acontece mesmo, na prática, com todo o respeito pela individualidade e pelas escolhas de cada um, só pode ser uma cidade com uma sociedade, no mínimo, digamos, evoluída. Pela sua abertura, pela sua civilidade, pelo respeito a todo e qualquer ser humano...pelo respeito às diferenças, tudo em harmonia.

Pode ser que no dia a dia, para quem vive ali, talvez para os mais conservadores ( se é que os conservadores conseguem viver em Amsterdam), não sejam só flores, ou melhor, tulipas, mas aos olhos "impressionistas" de quem está de passagem pela cidade, a coisa parece funcionar e depois da segunda ou terceira caminhada pelo Red Light District, a mais antiga profissão do mundo nem parece mais tão chocante aos nossos olhos curiosos, quando vemos as prostitutas ali escancaradas em vitrines, oferecendo seus corpos como mercadorias.

A cidade é linda, a comida é boa e o povo é muito acolhedor. A produção de nova (e boa) arquitetura é tão inovadora e avante de seu tempo quanto todo o sistema e a sociedade. Vi alguns prédios que só seriam possíveis mesmo num lugar de mente tão aberta (isso fica para um outro post sobre arquitetura...prometo...)


Só vê a prostituição quem quer ver. Só fuma maconha quem procurar por ela, tudo na maior civilidade e respeito. Cada coisa em seu lugar, sem anarquia. A coisa é bem organizada. E acredito, bem fiscalizada também.


E quanto às suas memórias...aí, vai depender das suas escolhas...
É preciso saber conviver, esta é a mensagem: tolerância e respeito ao próximo. Ou, como dizia meu querido Professor de Urabnismo, o Jairo quando fomos juntos pra Amsterdam em 95/96: “Cada um, cada um...”

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