quinta-feira, 25 de fevereiro de 2010

Nova Londres

O Parlamento e o Beg Ben continuam lá firmes e fortes. A Catedral de St Paul e a Abadia de Westminster, com toda sua imponência também. A troca da guarda ainda é atração turística no Palácio de Buckingham, as cabines telefônicas e os ônibus vermelhos marcam visualmente cada esquina da cidade há décadas.

Mas Londres também está cheia de novidades.

Desde o ano 2000, para comemoração da virada do milênio, significativas e importantes obras de reurbanização e novas construções vem sendo inseridas no skyline e na agenda cultural da cidade. Primeiro foram as obras pra comemoração em si: a roda gigante London Eye, a ponte do milênio de Norman Foster, a nova Tate Modern e a cobertura translúcida do British Museum. Depois, já dentro das práticas sustentáveis, a nova prefeitura (City Hall) e o famoso “Gherkin”, o edifício cilíndrico apelidado de pepino transformou o skyline da região central da cidade.

Mais recentemente, sérios projetos de renovação e expansão urbana vem sendo planejados. “Planejados” sim. O compromisso de reduzir os impactos climáticos fez com que a cidade de Londres começasse cada vez mais a planejar o seu desenvolvimento urbano, projetando seu crescimento populacional, direcionando o crescimento da cidade e evitando com isso uma futura degradação econômica, social e principalmente ambiental.

Ao sul do Tâmisa e principalmente a leste da cidade, melhorias na infra-estrutura urbana e de transporte prometem um crescimento considerável no extremo leste da cidade para os próximos anos. Os projetos prevêem o futuro, pensam no amanhã, vão além.

Ao sul do Tâmisa, a renovação do tecido urbano em Southbank fez toda a diferença. Alguns trechos renovados oferecem hoje opções de lazer e entretenimento únicos e estão sempre cheios de vida.

No caso das Olimpíadas, muitos dos equipamentos que estão sendo erguidos serão futuramente desmontados (muitos serão negociados e vendidos para futuras cidades-sede e outros tantos terão suas dimensões reduzidas e abrigarão outras atividades mistas). Já há todo um estudo para construção futura de apartamentos, escolas, hospitais, escritórios e outros serviços na região onde hoje erguem-se os equipamentos olímpicos.


O mais importante não é construir um Estádio Olímpico super tecnológico, deslumbrante que depois se torne um elefante branco (como é o caso do Millennium Dome, aquela tenda branca construída em 2000 para abrigar exposição sobre o novo milênio, que hoje ainda busca novas funções é indefinidamente chamada ora espaço de concertos, ora espaço de "entretenimento" - apesar da região onde está também ser hoje objeto de renovação urbana e estar crescendo como nova área de loteamentos para moradias). Aprendendo com os erros, Londres está se superando a cada dia.
Assim como aconteceu com Barcelona, as Olimpíadas são uma grande oportunidade.
No caso de Londres, de forma mais criteriosa e envolvida, promete manter a cidade no caminho do crescimento e da estabilidade, agora envolvendo-se com as melhores práticas sustentáveis.

terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Olimpíadas Londres 2012


Desde que foi escolhida para sediar os Jogos Olímpicos de 2012, Londres tem se destacado por estabelecer a palavra "legado" como princípio fundamental da organização do evento. A ideia aqui é que o impacto das Olimpíadas não termine em 2012, mas sim produza uma revitalização da economia que deixe benefícios de longo prazo para a cidade.
“Para organizar as Olimpíadas, não basta apenas construir as instalações esportivas, que são obviamente uma parte importante do evento. É preciso aproveitar essa oportunidade única para resolver desafios chaves da cidade, como problemas de infra-estrutura e sociais”, diz o arquiteto Bill Hanway, um dos coordenadores do projeto Legado dos Jogos de Londres-2012.
O foco do projeto olímpico londrino é a revitalização do bairro de Stratford, uma das áreas mais pobres e carentes da Europa, na zona leste da cidade.
Para discutir que tipo de legado o comitê organizador britânico pretende deixar para Londres após os Jogos de 2012 e que lições o Rio de Janeiro pode tirar disso, a BBC Brasil entrevistou Bill Hanway, vice-presidente da Aecom, a consultoria que lidera o Projeto Legado de Londres-2012.
BBC Brasil – Como começou e do que se trata o projeto Legado dos Jogos de Londres-2012?
Hanway – O projeto surgiu ainda em 2003, dois anos antes de a cidade ter sido eleita como sede das Olimpíadas de 2012. Desde o início, o que sustenta nossa iniciativa é o reconhecimento de que para organizar as Olimpíadas, não basta apenas construir as instalações esportivas, que são obviamente uma parte importante do evento. É preciso aproveitar essa oportunidade única para resolver desafios chaves da cidade, como problemas de infra-estrutura e sociais. Assim, tudo o que vem sendo feito para os Jogos foi pensado também para deixar um legado positivo para Londres que perdure pelo menos até 2040.
BBC Brasil – Por que as Olimpíadas representam um momento tão especial para mudanças nas cidades?
Hanway – Em primeiro lugar, os Jogos podem gerar uma vontade política única. Decisões que eram difíceis de serem tomadas antes, até por falta de consenso, tornam-se mais viáveis por causa das Olimpíadas. Isso decorre da atenção que a população e a mídia dedicam ao evento. Além disso, as Olimpíadas sempre atraem uma quantidade única de recursos financeiros, o que faz toda a diferença.
BBC Brasil – O que o projeto Legado pretende mudar em Londres?
Hanway – Nosso foco principal é revitalizar o bairro de Stratford, na zona leste de Londres, uma das regiões mais pobres da Europa. A expectativa de vida nessa área é sete anos inferior à média nacional. Os índices de criminalidade e pobreza também são os mais altos, enquanto os de acesso à educação e à saúde são os mais baixos do país. É justamente lá que o Parque Olímpico está sendo instalado. Nossa intenção é que as Olimpíadas deflagrem uma efetiva regeneração da zona leste de Londres. Certamente não vamos resolver todos os problemas, mas o projeto Legado pode dar os primeiros passos.
BBC Brasil – Quais serão esses primeiros passos?
Hanway – O primeiro grande desafio urbanístico da região é o transporte público. Para levar as pessoas para trabalhar no Parque e posteriormente comparecer aos Jogos, a área está sendo conectada às principais redes de metrô e de ônibus da cidade. Também teremos 14 quilômetros de novas ruas chegando à região, além de 35 quilômetros de ciclovias e calçadões. Depois dos Jogos, essa será a zona mais bem conectada de Londres. Outro problema que diagnosticamos lá foi a ausência de um espaço público de lazer. Por isso, o projeto Legado prevê que uma área de mil metros quadrados do Parque Olímpico seja convertida em um enorme parque para o público depois dos Jogos. Finalmente, o Parque está sendo desenvolvido para deixar para a região cerca de 10 mil novas casas, 35% delas a preços populares, cinco escolas e três centros médicos. Tudo isso seguindo o que há de mais avançado em termos de tecnologias sustentáveis para o meio ambiente.
BBC Brasil – Não há o risco de que parte das estruturas desse Parque Olímpico, como o estádio, fique abandonada por falta de uso depois dos Jogos?
Hanway – Graças ao projeto Legado, Londres não terá de conviver com estruturas ociosas após os Jogos. As estruturas do Parque Olímpico já têm um uso previsto para depois do evento esportivo. O Centro de Mídia, por exemplo, se tornará um prédio de escritórios. Já o Estádio Olímpico terá sua capacidade de público reduzida pela metade, já que 55 mil pessoas será espaço excessivo, e passará a abrigar uma escola de esportes para adolescentes. Com iniciativas desse tipo, vamos evitar o que ocorre na Grécia, onde há estruturas que praticamente nunca mais foram usadas depois dos Jogos de 2000 e que estão se deteriorando.
BBC Brasil – Muitos empregos costumam ser gerados antes e durante os Jogos, principalmente no setor de construção civil. Mas esses empregos não desaparecem depois das Olimpíadas?
Hanway – É importante lembrar que as estruturas criadas para os Jogos podem gerar empregos depois que o evento acabar. Os sistemas de transporte e de manutenção das redes de água, esgoto e energia elétrica que serão instalados continuarão gerando vagas de trabalho. Há previsão também de que os trabalhadores da construção civil continuarão ocupados por um bom tempo com adaptações das estruturas olímpicas às novas necessidades. Mas, o mais importante de tudo isso, é que a reurbanização e a reestruturação da região propiciadas pelos Jogos gerem desenvolvimento econômico. Estimamos que essa expansão da economia local possa gerar até 10 mil novos empregos em diversos setores, em especial no comércio e em serviços.
BBC Brasil – Qual tem sido a participação da comunidade local nos Jogos?
Hanway – Em Londres, há regras que obrigam os organizadores de grandes eventos a incluir a população local na organização. Isso é muito importante, porque só assim você mantém as pessoas motivadas e interessadas no projeto. Mais do que isso, é só assim que garantimos que o legado será de acordo com o que elas realmente desejam. Os jovens têm papel especial nesse processo. Se você pensar que os Jogos do Rio ocorrerão a daqui seis anos, são as crianças de hoje que vão estar mais motivadas e participativas quando o evento efetivamente ocorrer. Portanto, é preciso levar os alunos das escolas locais para conhecer os futuros centros esportivos, permitir que eles acompanhem a organização dos Jogos e convidar atletas para conversar com essas crianças sobre suas experiências olímpicas. Finalmente, é preciso permitir acesso especial aos Jogos para a comunidade local. É fundamental que a população que recebe as Olimpíadas possa desfrutar do evento tanto quanto os turistas.
BBC Brasil – Os desafios sociais do Rio, principalmente em termos de violência, não podem ser comparados com os de Londres. É realmente possível imaginar que o Rio possa seguir os passos de Londres?
Hanway – Enquanto Londres e o Rio são certamente cidades diferentes que desempenham papéis distintos no contexto nacional e regional, os princípios fundamentais que conduzem o projeto Legado de Londres são totalmente replicáveis pelo Rio de Janeiro. Em primeiro lugar, é preciso estabelecer prioridades, como melhorar o sistema de transportes, o fornecimento de água e a qualidade dos serviços de saúde e educação. A chave para o sucesso de um projeto legado no Rio seria garantir que os investimentos nos Jogos priorizem iniciativas que gerem benefícios de longo prazo. Mais do que isso, é preciso transformar em lei aquilo que for estabelecido pelo projeto legado, de forma que seus ideais não se percam com o tempo.
BBC Brasil – Quais são as lições que o comitê organizador do Rio-2016 pode tirar de vocês?
Hanway – Durante a organização dos Jogos, há sempre muita pressão sobre a tomada de decisão, sobre a liberação de recursos, sobre aspectos específicos do evento etc. Mas os organizadores precisam ter em mente que todo investimento financeiro e político para os Jogos pode e deve produzir um legado de longo prazo. Ao mesmo tempo em que se pensa na estrutura que as Olimpíadas exigem, é preciso olhar para o futuro e enxergar os desafios sociais e urbanos que a cidade precisa suplantar. As duas coisas precisam andar juntas. Tenho certeza de que, com esse raciocínio, a história da zona leste de Londres vai mudar completamente. O mesmo pode acontecer com o Rio.
Fonte: BBC Brasil - Victor De Martino - 11/02/2010 - 15h05

7 More London


Foster + Partners concluiu o primeiro edifício de escritórios na Inglaterra que atingiu a certificação BREEAM "Outstanding": 7 More London Riverside é o último e maior edifício no plano de More London, desenvolvido pelo More London Development, e fornece uma nova sede sustentável de 10 andares para a PricewaterhouseCoopers LLP.


O edifício integra uma série de estratégias de economia de energia.
Além de uma fachada de alto desempenho projetada para oferecer sombra e isolamento, o edifício apresenta painéis solares de água quente, telhados verdes e um completo sistema automatizado de gestão e medição.
A planta de trigeração da Combined Cooling Heating & Power (CCHP) fornece uma fonte de baixo carbono para refrigeração, calor e energia com resultado 55% inferior em emissões de CO2 ao exigido no 2006 Part L2 Building Regulations.
Visível de todos os lados, o edifício não tem uma ‘frente’ ou um ‘fundo’ óbvio, então considerações particulares e diferenciadas foram dadas às fachadas para assumirem presenças distintas dentro do projeto. As fachadas em zig-zag protegem o interior, mas permitem que a luz do dia penetre nos escritórios. Uma sequência de persianas externas animam as fachadas envidraçadas, capturando e projetando luzes e cores no interior e criando um efeito cintilante na face exterior do edifício.


Para otimizar ainda mais a luz do dia e as vistas, as alas simétricas do edifício abrem-se para o rio e revelam uma abertura circular em seu núcleo. Três pontes curvas, nos andares 2, 5 e 8, ligam as duas alas, enquanto a elevação sul cai para 7 andares para respeitar o gabarito dos edifícios ao longo da Tooley Street.
A função do átrio de altura interna tripla como uma praça central para os ocupantes do edifício - um espaço onde o potencial para a arte e o arranjo dos elevadores e pontes espelha a vida externa de More London. Escadas para subir ao mezanino com salas de reuniões e instalações de entretenimento, enquanto elevadores transportam diretamente do nível do solo para os andares de escritórios. Duas clarabóias iluminam o espaço e proporcionam um foco para o terraço jardim circular acima, que constitui um dos vários jardins de cobertura.


Mike Jelliffe, sócio responsável da Foster + Partners, comentou:“Estamos muito contentes que 7 More London Riverside conseguiu a certificação BREEAM ‘Outstanding’ e eu felicito toda a equipa envolvida no projeto. Este é um resultado excelente - é um testemunho da excelente qualidade do design; nossa altamente bem sucedida colaboração com Roger Preston & Partners, Arup, MACE, BDP e uma vasta gama de consultores e da visão e apoio de More London Development e PricewaterhouseCoopers".


• O plano More London abrange mais de 52 mil metros quadrados em Southwark delimitado pelo River Thames e inclui a prefeitura (City Hall), um hotel, prédios de escritórios e extensos espaços públicos ajardinados, incluindo um anfiteatro aberto.



Fonte:http://www.fosterandpartners.com - 08/02/2010

domingo, 21 de fevereiro de 2010

Dez coisas essenciais para o meu paladar

Brincava disto ontem à noite com meu marido:
"Diga dez coisas essenciais ao seu paladar..."
...e ontem, sábado à noite, listei as minhas:
- Mostarda de Dijon (Maille, de vinho branco, com certeza)
- Presunto de Parma
- Pepino em conserva
- Sorvete Haagen Dazs Macadâmia
- Chocolate Lindt "Orange Intense"
- Comida japonesa
- Pizza marguerita de massa beeem fininha
- Camembert bem "molinho"
- Coxinha de padaria
- Vinho tinto, todos, qualquer um, sem distinção nem medo de ser feliz!
E por fim, permito-me reescrever aqui o comentário sobre tais listas que li outro dia no Blog "Brincando de chef":
Fazer esse tipo de lista é como responder qual é a seleção brasileira ideal: de um dia pro outro pode dar vontade de mudar os dez (ou os onze)...

quinta-feira, 18 de fevereiro de 2010

Próxima Missão Green Buildings em Nova York

Caros colegas,
Gostaria de convidá-los para participar da terceira edição da
Missão Técnica Green Buildings em Nova York que acontecerá de 12 a 19 de junho de 2010.

O programa desta III Missão Green Buildings em Nova York envolve um criterioso olhar sobre as questões de sustentabilidade e meio ambiente em Manhattan, e inclui visitas técnicas aos principais Green Buildings da cidade, alguns deles os primeiros e maiores do mundo.

Assim como nas edições anteriores, durante uma semana em Nova York, visitaremos empreendimentos, escritórios de arquitetura, construtoras e teremos contato com diversas corporações e profissionais seriamente envolvidos com as questões de sustentabilidade na construção civil.


Clique aqui para imagens de edições anteriores.


Visitaremos também a feira Buildings NY, que abriga também mais uma edição da Green Buildings NY, dedicada especificamente às soluções verdes para a construção, setor que mais tem crescido em todo o mundo.

Para reservar sua vaga para esta Missão, gentileza entrar em contato conosco o quanto antes para garantir as melhores condições.

Contatos:
ArqTours: (11) 9126 9968 (Arq. Raquel Palhares)
As vagas são limitadas. Garanta logo a sua!

lembre-se: A melhor viagem é sempre aquela que você ainda não fez!
Um abraço e até muito breve!
Conto com você!
Arq. Raquel Palhares